Daniel do Irineu solicita esclarecimentos da Copasa sobre má qualidade da água

Fotos-Samuel-Junio-Tomaz

Assunto recorrente na Câmara Municipal de Contagem, os problemas na prestação de serviços da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) voltaram a ser pauta na plenária desta terça-feira (10). Desta vez, o vereador Daniel do Irineu (PP) destacou um requerimento de sua autoria solicitando esclarecimentos da companhia em relação a reclamações de moradores da região do Petrolândia sobre a má qualidade da água.

“Nesta semana, fui procurado por inúmeros moradores dos bairros Petrolândia, Sapucaias, Tropical, São Luiz, Chácaras e outros, alegando desconforto com a Copasa, pois a água estaria chegando muito turva na casa dessas pessoas, uma água barrenta. Fizemos uma visita in loco e constatamos que essa água está chegando às casas sem condições de uso”, disse o parlamentar.

Ele levantou a possibilidade de a Copasa estar realizando alguma intervenção nas adutoras que atendem a região. No entanto, criticou o fato de a companhia não informar previamente os moradores sobre o acontecimento e não interromper o fornecimento de uma água que seria imprópria para o consumo.

Necessidade de cobranças

Em aparte, os vereadores Capitão Fontes (MDB), Vinícius Faria (PCdoB) e o presidente da Câmara, Daniel Carvalho (PV), deram apoio à solicitação, ressaltando a necessidade de maior cobrança em relação à prestação de serviços da Copasa.

O primeiro destacou que problemas semelhantes foram observados em Nova Contagem, mas a resposta da companhia a ofícios de sua autoria teria sido que a água estava adequada para uso e consumo. “A água parecia um copo de Toddy, de tão suja. É uma vergonha o que a Copasa continua fazendo em nossa cidade e precisamos cobrar dos órgãos competentes”, disse Fontes.

Vinícius Faria ressaltou que outro problema que deve ser abordado é da falta de manutenção em vias públicas que sofreram intervenção da companhia.

O presidente da Câmara, por sua vez, lembrou a mobilização de várias câmaras municipais de Minas para cobrar melhor prestação de serviços de abastecimento de água, de coleta e tratamento de esgoto e a redução das taxas cobradas pela companhia. E adicionou a necessidade de cobrar contrapartidas para o Município em relação à exploração da reserva hídrica de Vargem das Flores.

“É notório o serviço inadequado de manutenção em nossa cidade. Além disso, é inadmissível o que temos recebido de reclamação sobre o tom da água, sem condições de uso e consumo”, ressaltou Daniel Carvalho. “Há um mês, trouxemos este debate à Casa, para cobrarmos isso e também em relação às cobranças indevidas da taxa de tratamento de esgoto – a Copasa trata 50%, mas cobra a totalidade -, o que já foi notificado pelo Ministério Público, e a Copasa já se dispôs a devolver R$ 60 milhões a Belo Horizonte”, pontuou.

Daniel Carvalho terminou o debate conclamando a todos a se envolverem ao movimento surgido no sul de Minas, para uma cobrança mais intensa e mais firme à companhia de saneamento. “Conte conosco nessa luta, pois é uma bandeira não apenas da nossa Casa, mas de toda a Região Metropolitana”.

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