Operação ‘Luz da Infância’ prende suspeitos de pedofilia em Contagem

Dois suspeitos de envolvimento com crimes relacionados a pedofilia foram presos em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, durante a terceira fase da Operação Luz da Infância, deflagrada nesta quinta-feira, dia 22. Os detidos, que foram localizados em casa, eram moradores dos bairros Inconfidentes e Novo Riacho e foram encaminhados para a delegacia para prestar esclarecimentos. 

Os homens, um taxista de 63 anos e um metalúrgico aposentado de 62 anos eram casados e tinham filhos. O conteúdo estava armazenado em computadores. Celulares, HDs e DVDs também foram apreendidos. Ainda não é possível afirmar quantas fotos e vídeos eles possuíam, mas a polícia garante que a quantidade era grande.

Além dos mandados na Grande BH, também foram cumpridos busca e apreensão na capital mineira e em Juiz de Fora, na Zona da Mata. Em Belo Horizonte não foi encontrado material com o suspeito de 27 anos. No interior, o IP rastreado pertencia a uma empresa e até o fim da manhã o usuário não havia sido identificado.

Punição
Segundo a delegada e chefe da Divisão Especializada em Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente, Isabella Franca Oliveira, a punição varia conforme o crime. Para aqueles que armazenam conteúdo, a pena pode variar de 1 a 4 anos, mas cabe fiança. Quem compartilha conteúdo relacionado à pornografia pode pegar de 3 a 6 anos, sem possibilidade de responder em liberdade.

“As penas podem ser somadas, também, para os casos em que o suspeito comete os dois crimes. E nesse tipo de investigação, o que normalmente identificamos é que as pessoas utilizam um sistema de download que automaticamente compartilha essas imagens. Além disso, temos que analisar muito bem o conteúdo, para ver se eles não estão nas imagens, conferir se têm relação com a produção”, explica.

Rede
Além de Minas, a ação do Ministério da Segurança Pública, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), que recolheu informações e repassou às Polícias Civis, aconteceu simultaneamente no Distrito Federal e em outros 17 estados – Amazonas, Pará, Acre, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, São Paulo Paraná e Rio Grande do Sul.

Foram, no total, 69 alvos no Brasil, sendo 41 já detidos. Na Argentina, que também participa da operação, são 41 mandados de busca e apreensão.

Em nota divulgada, a pasta informou que a operação dá “continuidade aos trabalhos de identificação de crimes relacionados ao abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes praticados no meio cibernético”. No país vizinho, quem comanda o caso é o Corpo de Investigações Judiciais (CIJ) do Ministério Público Fiscal da Cidade Autônoma de Buenos Aires, na Argentina.

“Os alvos internacionais foram identificados após atuação conjunta entre a Diretoria de Inteligência da Senasp e autoridades policiais da Argentina. As ações simultâneas realizadas no Brasil e na Argentina mobilizam um efetivo aproximado de mil policiais”, diz a nota.  Todas as ações no Brasil estão sendo coordenadas entre a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e as Polícias Civis dos estados e do DF.

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