Alunos do Colégio Santo Agostinho protagonizam debates globais

Durante três dias intensos de debates e negociações diplomáticas, o Colégio Santo Agostinho – Contagem foi transformado em uma verdadeira arena internacional com a realização da 14ª edição da SIAC – Simulação Interna Agostiniana de Contagem. O evento, que aconteceu entre os dias 15 e 17 de maio, mobilizou alunos do Ensino Fundamental e Médio em torno de pautas urgentes da atualidade, como a emergência climática e a crise dos refugiados ambientais.

Neste ano, o tema central da SIAC foi “A Crise Climática”, com a simulação da COP30 – conferência que será realizada oficialmente no Brasil, em novembro de 2025 – e de um comitê especial do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). A iniciativa se destacou não apenas pela relevância dos temas tratados, mas também pela qualidade dos debates e pelo comprometimento dos estudantes, que assumiram papeis de delegados e diplomatas para buscar soluções reais para problemas globais.

Coordenada pelo professor de Geografia Márcio Rocha, a SIAC integra a proposta pedagógica do Colégio, que busca formar cidadãos críticos e conscientes por meio de experiências significativas. “Mais do que um exercício diplomático, a SIAC é um mergulho na complexidade das relações internacionais, nas desigualdades globais e na urgência de soluções sustentáveis. É um projeto que transforma”, avalia o educador.

Com o tema “Rumo à Ação Global: Compromissos e Soluções para um Futuro Sustentável”, os comitês simularam os desafios reais enfrentados pela comunidade internacional, promovendo empatia, diálogo e responsabilidade.

Para Bernardo Vinhal, aluno da 1ª série do Ensino Médio e secretário-geral da SIAC, a experiência foi transformadora em várias dimensões. “Ser secretário-geral da SIAC foi uma das experiências mais enriquecedoras da minha vida, culturalmente, academicamente e pessoalmente. Estar à frente de um projeto com tamanha responsabilidade foi um desafio, mas também uma oportunidade de crescimento profundo”, afirmou.

Bernardo destacou ainda como o evento ampliou sua visão de mundo. “Culturalmente, a SIAC me abriu os olhos para a complexidade das relações internacionais e para a pluralidade de visões que coexistem no mundo. Os comitês abordaram temas como os refugiados ambientais e a justiça climática, exigindo sensibilidade, empatia e compreensão de realidades distintas. Ver os delegados debatendo com seriedade e respeito foi inspirador”, reiterou.

Na dimensão acadêmica, ele ressalta a qualidade dos participantes. “Os delegados chegaram preparados, com argumentos sólidos e uma postura diplomática admirável. Como secretário-geral, pude testemunhar o resultado de semanas de estudo e dedicação. Foi impressionante ver o empenho dos alunos em construir consensos e avançar nas negociações”, destacou.

Mas a SIAC também foi marcada por momentos de descontração e conexões pessoais. “Apesar da seriedade dos temas, nunca faltou leveza e espírito colaborativo. Criei memórias que levarei para sempre e reencontrei em mim uma paixão renovada pelo trabalho em equipe e pela liderança com propósito”, completou Bernardo.

Ana Sofia da Silva Vieira, aluna da 3ª série do Ensino Médio, participou da SIAC pela quinta vez consecutiva e, nesta edição, se despediu do projeto que a acompanhou desde o 8º ano. “A SIAC surgiu como um convite de um professor e acabou se tornando uma das melhores partes da minha vida escolar. Foram anos de debates construtivos, trocas com outros estudantes e muito aprendizado”, contou.

Para Ana Sofia, a simulação foi fundamental para seu amadurecimento pessoal e intelectual. “O projeto me permitiu crescer e desenvolver habilidades de oratória, argumentação e diálogo. É impressionante o quanto evoluí nesses cinco anos. Hoje, aos 17 anos, enxergo a marca que a SIAC deixou em mim com muito carinho. Foi uma vivência que me preparou para o mundo”, pontuou.

Ela também ressaltou a importância de espaços como a SIAC na formação dos jovens. “É maravilhoso ter no ambiente escolar um espaço que permita a formação política e crítica de forma leve. Vivemos em um mundo que precisa, cada vez mais, de pessoas dispostas a dialogar para construir um futuro mais justo. A SIAC nos mostra que isso é possível”, ressaltou.

Para o coordenador do projeto, Márcio Rocha, ao encerrar mais uma edição, a SIAC reforça sua missão. “Criamos o projeto para educar para a ecologia integral, para a cidadania global e para um mundo mais humano”, enfatizou.

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