Por Luzedna Glece(*)
O Dia Mundial de Combate ao Bullying, celebrado no dia 20 de outubro, é um momento dedicado à reflexão sobre prevenção e enfrentamento do bullying escolar. Esta prática, segundo o doutor em Educação Lucelmo Lacerda, afeta diretamente o bem-estar psicológico de crianças e adolescentes. No artigo abaixo, ele apresenta caminhos para aumentar o engajamento de familiares e da comunidade escolar no combate ao bullying.
Bullying nas escolas: é hora de agir
Por Lucelmo Lacerda
Doutor em Educação e autor do livro “Crítica à pseudociência em educação especial”.
O bullying escolar é um problema sério que pode ter impactos profundos e duradouros na vida dos estudantes. Sofrer esse tipo de violência na infância e adolescência aumenta significativamente a probabilidade de desenvolver depressão, ansiedade e baixa autoestima, além de comprometer o rendimento acadêmico e o futuro profissional. Os efeitos podem se prolongar até a vida adulta, interferindo na construção de relacionamentos saudáveis e na inserção no mercado de trabalho.
Para enfrentar efetivamente essas situações, é fundamental que toda a comunidade escolar compreenda claramente o que caracteriza o bullying, facilitando sua identificação e permitindo a adoção de medidas adequadas. Isso inclui reconhecer tanto manifestações físicas e verbais quanto formas mais sutis, como exclusão social, comentários depreciativos e cyberbullying.
Os alunos devem ter canais seguros para reportar os casos, seja por meio de professores, coordenadores ou da direção, garantindo que as denúncias sejam tratadas de forma eficiente, protegida e sigilosa. A escola deve estimular a cultura do diálogo, da empatia e do respeito entre estudantes, promovendo campanhas educativas, rodas de conversa e atividades que reforcem valores de cooperação e solidariedade.
É igualmente importante estabelecer uma hierarquia de consequências, já que o bullying pode se manifestar de diferentes formas, desde comentários isolados até casos graves de preconceito, cyberbullying ou violência física. Cada situação demanda respostas proporcionais, justas e educativas, que orientem os agressores sobre a gravidade de suas atitudes, ao mesmo tempo em que oferecem suporte às vítimas.
O engajamento familiar desempenha um papel crucial nesse processo. As escolas devem promover a participação ativa dos pais na educação sobre valores e respeito, além de dialogar com as famílias sobre comportamentos prejudiciais, oferecendo orientações sobre como identificar sinais de bullying e apoiar os filhos quando necessário.
Sobre a Colunista
(*) Luzedna Glece é diretora proprietária do Colégio Avançar/CEIAV- CEIAV; Vice-presidente Câmara da Educação Infantil ACIC. Uma das fundadoras do Unidas Transformando Você. Colunista da Educação do Jornal O Folha. Formação: graduada em Pedagogia com licenciatura em Orientação, Supervisão, Séries Iniciais e Administração Escolar; pós-graduada em Psicopedagogia Clínica, Licenciatura em Magistério e Graduação em Neurociência; palestrante de temas voltados às áreas de Educação, Motivação, Relacionamentos Interpessoal e Intrapessoal; estudiosa com trabalhos reconhecidos sobre o tema Bullying; experiências profissionais: professora das séries iniciais e do curso de pedagogia, coordenadora, orientadora, diretora de redes particulares de ensino, supervisora, orientadora diretora regional do Sistema FIEMG.