Coluna Educação – 18.05.2025 – Construindo pontes de amor

Por Luzedna Glece(*)

Construindo pontes de amor

A matéria dessa semana convida pais e filhos, através do relato de um pai sobre a comunicação estabelecida com o seu filho, a refletirem sobre a importância de pequenos gestos de afeto para a construção das suas relações. Vale conferir!

O nó do afeto

Por Eloi Zanetti

Consultor e palestrante em marketing, comunicação corporativa, criatividade e vendas. Eloi é co-criador da Escola de Criatividade

Era uma reunião numa escola e a diretora incentivava os pais a apoiarem as crianças, falando da necessidade da presença deles junto aos filhos. Mesmo sabendo que a maioria dos pais e mães trabalhava fora, ela tinha convicção da necessidade de acharem tempo para seus filhos.

Foi então que um pai, com seu jeito simples, explicou que saía tão cedo de casa, que seu filho ainda dormia e que, quando voltava, o pequeno, cansado, já adormecera. Explicou que não podia deixar de trabalhar tanto assim, pois estava cada vez mais difícil sustentar a família. E contou como isso o deixava angustiado, por praticamente só conviver com o filho nos fins de semana.

O pai, então, falou como tentava redimir-se, indo beijar a criança todas as noites, quando chegava em casa. Contou que a cada beijo, ele dava um pequeno nó no lençol, para que seu filho soubesse que ele estivera ali. Quando acordava, o menino sabia que seu pai o amava e lá estivera. E era o no o meio de se ligarem um ao outro.

Aquela história emocionou a diretora da escola que, surpresa, verificou ser aquele menino um dos melhores e mais ajustados alunos da classe. E a fez refletir sobre as infinitas maneiras que pais e filhos têm de se comunicarem, de se fazerem presentes nas vidas uns dos outros. O pai encontrou sua forma simples, mas eficiente, de se fazer presente e, o mais importante, de que seu filho acreditasse na sua presença.

Para que a comunicação se instale, é preciso que os filhos ‘ouçam’ o coração dos pais ou responsáveis, pois os sentimentos falam mais alto do que as palavras. É por essa razão que um beijo, um abraço, um carinho, revestidos de puro afeto, curam até dor de cabeça, arranhão, ciúme do irmão, medo do escuro, etc.

Uma criança pode não entender certas palavras, mas sabe registrar e gravar um gesto de amor, mesmo que este seja um simples nó.

E você? Tem dado um nó no lençol do seu filho?

Sobre a Colunista

(*)Luzedna Glece é diretora proprietária do Colégio Avançar/CEIAV- CEIAV; Vice-presidente Câmara da Educação Infantil ACIC. Uma das fundadoras do Unidas Transformando Você. Colunista da Educação do Jornal O Folha. Formação: graduada em Pedagogia com licenciatura em Orientação, Supervisão, Séries Iniciais e Administração Escolar; pós-graduada em Psicopedagogia Clínica, Licenciatura em Magistério e Graduação em Neurociência; palestrante de temas voltados às áreas de Educação, Motivação, Relacionamentos Interpessoal e Intrapessoal; estudiosa com trabalhos reconhecidos sobre o tema Bullying; experiências profissionais: professora das séries iniciais e do curso de pedagogia, coordenadora, orientadora, diretora de redes particulares de ensino, supervisora, orientadora diretora regional do Sistema FIEMG.

Coluna Educação – 10.05.2025 – Dia das Mães na Escola

Por Luzedna Glece(*)

Dia das Mães na Escola

O Dia das Mães na escola é uma data importante para reforçar os vínculos entre a instituição e a família. A data, muitas vezes resumida a presentes e apresentações, é potente para falar do papel da maternidade na formação dos alunos – e esse não precisa ser um debate acadêmico.

O Dia das Mães é uma data especial. Ela celebra o amor, a dedicação e o papel fundamental das mães e figuras maternas em nossas vidas. Porém, em uma sala de aula com alunos com uma grande diversidade de configurações familiares, ela pode ser uma data difícil.

Esse é um momento de reconhecer a importância do cuidado, do apoio e do carinho das mães. Mas também é para valorizar a diversidade de estruturas familiares presentes em nossa sociedade.

A celebração do Dia das Mães na escola é uma ocasião para fortalecer vínculos, promover o respeito à diversidade e cultivar valores como gratidão, amor e união.

Para alunos que perderam suas mães, esse pode ser um dia muito difícil. Procure profissionais de psicologia e assistência social para ajudar a conversar com esses alunos. Eles podem precisar desabafar e, em alguns casos, podem se recusar a participar das atividades de Dia das Mães.

Esse é um momento de cultivar a empatia. Acolha os alunos que passam por essa situação, mas não torne as atividades obrigatórias. Sugira que eles participem da maneira que preferirem. Se for o caso, peça que esses alunos criem as próprias atividades para homenagear a memória de suas mães.

Ter boas competências socioemocionais é essencial para lidar com problemas desse tipo. Confira aqui algumas dicas para ajudar os alunos da Educação Infantil a desenvolverem essas competências!

O Dia das Mães pode continuar sendo uma celebração à maternidade. Porém, é importante entender que a maternidade não é o mesmo que foi pintado por muitas gerações. Ser mãe é algo complexo e plural. Por isso, utilize esse dia para comemorar as mães que trabalham fora, as que tiveram muitos filhos, as que nunca deram à luz, as mães adotivas e aquelas que já se foram.

Sobre a Colunista

(*)Luzedna Glece é diretora proprietária do Colégio Avançar/CEIAV- CEIAV; Vice-presidente Câmara da Educação Infantil ACIC. Uma das fundadoras do Unidas Transformando Você. Colunista da Educação do Jornal O Folha. Formação: graduada em Pedagogia com licenciatura em Orientação, Supervisão, Séries Iniciais e Administração Escolar; pós-graduada em Psicopedagogia Clínica, Licenciatura em Magistério e Graduação em Neurociência; palestrante de temas voltados às áreas de Educação, Motivação, Relacionamentos Interpessoal e Intrapessoal; estudiosa com trabalhos reconhecidos sobre o tema Bullying; experiências profissionais: professora das séries iniciais e do curso de pedagogia, coordenadora, orientadora, diretora de redes particulares de ensino, supervisora, orientadora diretora regional do Sistema FIEMG.