Alunos da rede pública de Contagem visitam estúdio da UFMG Educativa

Estudantes do quinto e nono anos da Escola Municipal Glória Marques Diniz, em Contagem, conheceram na quarta-feira, 21 de junho, o estúdio da Rádio UFMG Educativa no Centro de Comunicação da Universidade. A visita foi uma das atividades propostas pelo projeto de extensão de Rádio Educativo, iniciativa que visa estreitar os laços entre o saber acadêmico e as escolas públicas de ensino fundamental.

Na semana anterior, os alunos da disciplina de Laboratório de Rádio Educativo do curso de Comunicação estiveram na escola municipal para apresentar dois programas gravados no estúdio de rádio da Fafich, no campus Pampulha. Além disso, conversaram com as crianças e adolescentes sobre alternativas ao sistema de ensino convencional, como a educação por meio da comunicação, prática que se apropria de mídias como internet, fotografia, rádio, cinema, entre outras, a fim de proporcionar um aprendizado mais atrativo, dinâmico e que estimule as aptidões dos alunos na expressão oral e escrita.

A Escola Municipal Glória Marques Diniz, no bairro Bom Jesus, abriga a Rádio Coruja, fruto da parceria entre a UFMG e a prefeitura de Contagem, que há nove anos é instrumento de apoio pedagógico para alunos do ensino regular e da educação de jovens e adultos. O educador Sérgio Donizeti Ferreira, que desde 2011 é o responsável pela Rádio Coruja, foi um dos principais responsáveis pela integração da iniciativa à grade curricular.

Na visita à UFMG, os alunos filmaram, fotografaram e entrevistaram – com gravadores de áudio – todos aqueles que passaram em frente aos seus olhares curiosos, e o material produzido será trabalhado nas aulas. Ao fim da visita, Ferreira, que também é músico e coordena oficinas de canto coral na escola, apresentou junto com as crianças – um time afiado e empolgado de cantores – duas canções para os anfitriões.

Ao ressaltar a importância da música como recurso de diálogo com os estudantes, Sérgio Ferreira recorre a um exemplo frequente. “Pedir atenção aos alunos dentro da sala de aula, com um papel branco à frente, é uma coisa. Trabalhando com música, eu posso fazer isso de forma lúdica, por meio de gestos e movimentos. Um toque de percussão, por exemplo, atrai muito a atenção dos meninos”, comenta.

Dezenove turmas da escola já passaram pelos estúdios da rádio nas oficinas de canto coral e rádio, coordenadas pelo educador. Sérgio Donizeti Ferreira enxerga no rádio a melhor forma de trabalhar a oralidade dos alunos: “Com os mais novos, por exemplo, trabalho muitos textos como trava-línguas, parlendas, poemas, muito importantes no desenvolvimento da fala e no contato com a palavra”, afirma.

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