Polícia Civil faz operação contra fraude milionária em Minas Gerais

A Polícia Civil desencadeou, nesta quinta-feira, a Operação Apate, contra uma quadrilha envolvida em fraudes que chegou a movimentar R$ 150 milhões em três anos. Hoje foram cumpridos mandados judiciais em Belo Horizonte, Contagem e Pará de Minas. Há dois foragidos e um deles está negociando para se entregar.

Um deles é proprietário de uma cobertura de luxo no Bairro Buritis, Região Oeste de Belo Horizonte, onde a polícia esteve nesta manhã. Lá foram apreendidos relógios de marca, cafeteiras, três TVs, computadores, uma bicicleta, instrumentos musicais como saxofone e violões e diversos documentos. Um dos vestígios da fuga do suspeito foi uma toalha ainda molhada encontrada no banheiro. O homem também deixou para trás o cachorro de estimação.

A quadrilha era composta por cinco advogados, além de auxiliares administrativos e laranjas. Os principais alvos eram empresários e donos de construtoras. Veja como era o esquema: 

1 – A quadrilha conseguia acesso a dados de grande empresários e donos de construtoras
2 – Com os dados, emitiam segundas-vias desses documentos ou usavam seus dados para abrir empresas fantasmas
3 – Na composição social dessas empresas, um dos cinco advogados se revezava como proprietário e os empresários vítimas assumiam como os demais sócios
4 – Uma vez com a empresa fantasma apta a funcionar e se valendo do renome dos empresários, a quadrilha fazia empréstimos milionários e adquiria bens
5 – Outras empresas fantasmas eram abertas no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Pará, em Mato Grosso e em outros estados. Essas serviam para receber os recursos captados.
6 – As empresas que recebiam os recursos dos empréstimos ampliavam o capital social da firma, mas, em vez de investir na atividade, dividiam o dinheiro entre os componentes da quadrilha
7 – As empresas de fachada deixavam de existir depois de seis meses a um ano
8 – Parte do dinheiro captado era reinvestido em propriedades de luxo em Pará de Minas, Contagem e Belo Horizonte
9 – Outra forma de ganho ilícito era a compra de automóveis de luxo que eram incendiados para recebimento dos valores do seguro
10 – Em três anos de golpe foram arrecadados entre R$ 150 e R$ 160 milhões. Numa operação de um só dia a quadrilha conseguiu movimentar 700 mil euros

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