Obra paralisada no bairro Riacho gera transtorno para moradores e lojistas

Foto Elias Ramos

Moradores e comerciantes do bairro Riacho das Pedras reclamam da morosidade das obras na bacia do rio Volga, no local. Iniciadas em novembro de 2015 pelo Estado, as intervenções no cruzamento da rua Rio Volga com a avenida Francisco Firmo de Matos deveriam ter sido concluídas em 2017, mas estão paradas desde abril – houve outra interrupção em 2018.

Segundo eles, mau cheiro, alagamento, risco de desmoronamento de encosta e de proliferação da dengue e fluxo intenso de veículos pesados em via estreita são alguns transtornos causados pela paralisação das obras, além da insegurança com a falta de vedação e “piscinão” a céu aberto.

Inconformados, os moradores fizeram um ato no local, no sábado, dia 6. Dono de um bar em frente às obras e morador da região há mais de 20 anos, Equivany Maciel, o Seu Maciel, tem medo de a rua ir embora toda vez que chove. “O tempo chuvoso está encharcando o solo”, relatou.

Obra parada

As obras, que são de responsabilidade do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), estão paralisadas. Para debater o assunto, a Prefeitura de Contagem, que já investiu 27 milhões nas obras, promoveu na segunda-feira, dia 8, uma reunião com a equipe da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais (Seinfra) e cobrou a conclusão da construção da bacia Rio Volga, na Regional Riacho.

A Seinfra explicou que a obra começou em 2014 e tinha previsão de conclusão em 2017. Porém, a empresa Via Engenharia, contratada pelo DER-MG entrou em situação de recuperação judicial. Desde então, a empreiteira teve dificuldades de caixa, o que a levou a ter baixa produção nos serviços e culminou com a interrupção das intervenções em abril de 2021.

Conforme convênio firmado entre estado e município no ano passado, Contagem investiu R$ 27 milhões para dar agilidade às intervenções. Para que ocorra uma retomada é preciso licitar as obras de novo. Segundo a Seinfra, a expectativa é publicar novo edital ainda em novembro, com previsão de retomada no segundo semestre de 2022, com cronograma de 14 meses de trabalhos. “A conclusão da obra está orçada em cerca R$ 30 milhões”, diz a nota.

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