Cemig e Polícia Civil se unem para combater ‘gatos’ na RMBH

Foto Divulgação

A Cemig realizou, na quinta-feira, dia 9, operação conjunta com a Polícia Civil de Minas Gerais para regularizar o sistema de medição em quatro estabelecimentos comerciais, todos de consumo elevado, localizados na região metropolitana de Belo Horizonte.  Os alvos foram previamente avaliados e apresentavam indícios de furto de energia elétrica. Durante as inspeções, foram encontradas irregularidades pelos técnicos da companhia em três padarias e em uma peixaria, e as fraudes foram fotografadas, registradas e retiradas. Nos casos de intervenção no interior dos medidores, os equipamentos foram lacrados e enviados para laboratório, onde passarão por avaliação, conforme determina a Resolução 1.000/ 2021 da Aneel.

Nas irregularidades comprovadas, os responsáveis deverão ressarcir a companhia em relação ao montante de energia consumida que não havia sido devidamente faturada. Somente de janeiro a maio deste ano, a Cemig já visitou cerca de 150 mil unidades consumidoras para realização de inspeções, com foco em regularizar e garantir a conformidade da medição. A empresa estima que o furto de energia causa um prejuízo da ordem de R$ 380 milhões por ano, o qual é repartido entre distribuidora e consumidores regulares.

De acordo com o Engenheiro de Medição e Perdas da Cemig, Gabriel Linhares, o furto de energia pode gerar consequências não só financeiras, mas também criminais para quem faz esse tipo de ligação irregular.

Além da responsabilização penal, quem pratica irregularidade deverá ressarcir à distribuidora a energia furtada e não faturada, de forma retroativa e pagar um custo administrativo que pode chegar a quase R$4.400.

Risco de Acidentes

As ligações irregulares colocam em risco a segurança da população, tendo em vista a possibilidade de acidentes com a rede elétrica, com consequências graves e até fatais. Além disso, essa prática traz impactos na qualidade da energia no sistema elétrico, podendo causar interrupções no fornecimento para clientes regulares, incêndios e queima de aparelhos e equipamentos.

“Os principais objetivos das operações com apoio da polícia civil são minimizar o prejuízo repartido entre a consumidores regulares e a Cemig, e educar a população em relação ao furto de energia e seus impactos para toda sociedade. O foco é intensificar a detecção e conduzir os responsáveis para a delegacia da Polícia Civil”, explica Linhares.

 

Tecnologia contra o furto de energia

Para identificar as unidades com suspeita de fraude, a Cemig possui um Centro de Seleção de Inspeções (CSI) no qual equipes especializadas realizam o monitoramento do consumo dos quase 9 milhões de consumidores em todo o estado.

Neste ano, a Cemig está utilizando um sistema computacional que, aliado à atuação das equipes administrativas e de campo, tem proporcionado o aumento do índice de acerto de inspeções, o qual saltou de 27% em 2020 para 44% em maio deste ano.

Além das ações de fiscalização e monitoramento, a Cemig conta com a contribuição dos clientes que podem fazer denúncias de fraudes pelos canais de atendimento da empresa: o telefone 116 ou pela Agência Virtual no Portal Cemig.

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