Coluna Educação com Luzedna Glece – 10.07.2022 – Refletindo sobre o Desenvolvimento Humano

Laira Lages Maia

Pedagoga- formada pela UFMG. Pós-graduada em Pedagogia Empresarial e Metodologia da Ed. Infantil e Ensino Fundamental.

Confesso estar muito entusiasmada e feliz com a participação de muitos seguidores das redes sociais  e amigos da área que me enviam textos para serem divulgados na nossa coluna. Essa semana, Laira, uma grande EDUCADORA, profissional investigativa, inovadora, perspicaz e humana, enviou-me um texto sobre a importância de compreendermos o DESENVOLVIMENTO HUMANO. Dedico à ela a minha admiração e respeito pela excelência que desenvolve a apaixonante, mas difícil arte de EDUCAR. Vamos lá!!! Muito temos a refletir!

 

“Tudo na natureza tem seu tempo. A árvore para crescer e florescer precisa de uma boa semente plantada em terra fofa, água, luz e, claro, muito carinho. A lagarta para transformar-se em borboleta passa por um lento processo no qual cresce, troca de pele, descansa por um certo período, para depois, finalmente criar asas e voar…

Assim também acontece com a vida humana. No entanto, somos seres especiais e durante toda nossa existência, passamos por etapas de desenvolvimento, seja ele físico, social ou cognitivo. O bebê, ao ser gerado, precisa de nove meses acalentado no útero da mãe, para a formação de seus órgãos e sentidos. Neste período, é preciso paciência, dedicação e muito amor, para que nada aconteça antes da hora, prejudicando o crescimento da criança.

Depois de seu nascimento, inicia-se o processo de aprendizagem cognitiva, que é constante, ou seja, dura pela vida toda. A criança aprende a falar, a andar, a alimentar-se e a viver em grupo. Chega, enfim, a idade escolar e, com esta idade, a cobrança imediata: “É hora de aprender a ler e a escrever”. Eis aí nossa preocupação. A alfabetização é um processo moroso que passa por diferentes fases. Assim como antes de andar, a criança rola, engatinha, tropeça para depois caminhar, para ler e escrever, nossos alunos precisam de observar, identificar, experimentar, questionar, PENSAR, para depois, construir hipóteses referentes ao código escrito. Essa construção requer tempo, incentivo, “tropeços” e muita paciência. A maturação biológica é imprescindível.

Se quisermos que nossas crianças que hoje são frutos, cresçam fortes e resistentes, devemos investir desde a educação infantil, na formação de cidadãos atuantes e profissionais dinâmicos, criativos e competentes. Esta deve ser a meta de uma instituição educacional comprometida e capaz de superar os desafios dessa sociedade globalizada e paradoxalmente desigual, em que vivemos.

Assim, é essencial que nós, educadores e pais, saibamos respeitar com paciência o tempo de cada criança, incentivando-as e permitindo que cresçam longe da alienação e da memorização supérflua de conceitos descontextualizados.

Que sejamos capazes de extinguir as barreiras que “atropelam” o fantástico desenvolvimento humano, afinal, é exatamente a capacidade de PENSAR e construir que nos tornam diferentes dos demais seres vivos.”

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