Laudo confirma que larvas em comida no Hospital Municipal foi sabotagem

Foto João Cavalcanti

A investigação da Polícia Civil, feita a pedido da Prefeitura de Contagem, sobre as supostas larvas encontradas em uma marmita servida no Complexo Hospitalar de Contagem isentam a administração municipal e apontam que houve sabotagem, conforme o laudo feito pela Vigilância Sanitária de Contagem, Fundação Ezequiel Dias (FUNED) e Universidade Federal de Viçosa.
Na segunda-feira, dia 16, uma entrevista coletiva foi organizada na Delegacia Regional de Polícia Civil de Contagem para esclarecer, após investigações e laudos periciais, a denúncia feita há cerca de um mês e meio de uma suposta refeição ter sido servida de forma imprópria no Hospital Municipal de Contagem (HMC).
No dia 3 de setembro, familiares que acompanhavam crianças internadas na unidade foram até as redes sociais para denunciar o estado da alimentação. De acordo com o laudo, os animais encontrados nas marmitas não conseguiriam transpor o isopor que vedava a comida, além disso, não conseguiriam reproduzir por conta da temperatura do alimento e do material. “A investigação mostra que não há motivo para questionar a comida, foi uma sabotagem, as larvas, de maneira natural, não poderiam estar dentro daquela comida”, explica o delegado regional de Contagem, Rômulo Guimarães Dias.
As investigações apontaram também, os animais estavam com um tamanho aproximado de 9 milímetros e já tinham desenvolvido sistema de maturação interna, característico de uma larva que deveria estar em uma comida em estado de decomposição. A marmita servida, entretanto, não estava estragada, assim como confirmou o pai da criança, que ingeriu o alimento.
Após a divulgação do resultado do inquérito da Polícia Civil sobre a denúncia de larvas na comida servida aos pacientes no Hospital Municipal de Contagem, a prefeita Marília Campos (PT) disse que suspeita de motivação política.
A própria prefeitura solicitou que o caso fosse investigado. Em Brasília, para reuniões nos ministérios da saúde e educação, Marília Campos repercutiu o caso. “Agora está comprovado que foi sabotagem e que eu acho que pode ter sim uma natureza política. Por isso é importante investigar os responsáveis para que a gente iniba esse tipo de comportamento, que quer tirar a credibilidade não apenas do governo, mas do próprio SUS”, afirmou.
As investigações continuam para identificar o(a) responsável por sabotar a comida. A pessoa pode responder por falsa identificação de crime.

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