Coluna Educação – 12.10.2025 – Outubro: Mês das crianças… mês dos mestres!

Por Luzedna Glece(*)

Outubro: Mês das crianças… mês dos mestres!

Durante esse mês, o tema inclusão muito tem sido debatido nas escolas, famílias e nos demais âmbitos da sociedade. Orgulhosamente, tenho recebido de várias pessoas seguidoras da coluna, sugestões de temas e a manifestação de entusiasmo sobre esta coluna em um jornal tão respeitado como OFOLHA. Recebi da senhora Maria Geralda Marques Veríssimo, vereadora da cidade de Piedade dos Gerais e ex-diretora da Escola Estadual Padre Pedro Thysen, um texto escrito por ela sobre o tema inclusão. Afirmo, se tratar de uma profissional séria, ética e preocupada com as questões sociais da sua cidade, do nosso estado e país. Convido a todos a lerem com bastante atenção o texto enviado e formulado de maneira inteligente e perspicaz.

 

Sobre muros e gente

Por Maria Geralda Marques Veríssimo

Há alguns dias participei de uma festa beneficente em uma fazenda linda. Algumas coisas chamaram a minha atenção, dentre elas a harmonia entre plantas e pedras. Mas sobre isso falaremos depois. Por agora basta-nos o muro de pedras. Basta-nos pela sua imponência, sua força leve e pela perfeição com que foi construído. Não sei se você já parou para observar um muro de pedras. Como é interessante como cada uma se encaixa, permitindo que a outra, independente da sua forma e do seu tamanho, exerça a sua função para a sustentação do todo.

Ali, na construção do muro, ninguém fala em INCLUIR uma pedra. Não é preciso incluir porque ela nunca foi excluída. Fala-se em encontrar o melhor lugar para que ela faça a diferença, sem chamar a atenção para ela. Não há nenhuma necessidade. Ninguém pára e tira foto da pedra, e sim do muro.

Na construção, o pedreiro simplesmente sente onde a pedra será útil e a encaixa. Simplesmente a encaixa. Sem pretensão de torná-la melhor. Ela já é boa do jeito que é. Só precisa de ser vista e inserida. Mas ele, o pedreiro, só faz isso com perfeição porque se preparou para a construção.

É preciso preparar-se.

Percebe?

Incluir pessoas não é tão diferente.

É preciso preparo e aceitação. Principalmente dos PRE conceitos (reforço da ideia) mais íntimos. É preciso de disponibilidade para despir-se das vaidades, dos “acertísmos” e estar pronto para aprender.

Milagres podem até existir, mas é preciso querer que eles aconteçam e ESTAR PRONTO para quando aconteceram saber o que se faz com eles.

A pedra, aquela do muro, era só a pedra. Pesada. A que faz tropeçar. A que fica no meio do caminho…

 

Concluindo temporariamente o assunto sobre inclusão, reforço que apesar de muito termos avançado sobre a importância do INCLUIR, ainda muito temos que avançar. Ações governamentais tornam-se extremamente necessárias para um crescimento maior. Talvez o grande segredo da inclusão é respeitar o que cada um traz de positivo para a construção de algo maior (o muro). Que jamais ressaltemos em nossas crianças e adultos, aquilo que os fazem sentir menos capazes, ou sem um lugar a ocupar (a pedra). Enfim, o padrão que se deseja para inserir as crianças com dificuldades e/ou distúrbios nos ambientes escolares e na sociedade de forma geral, vem evoluindo com muita luta e trabalho de pessoas estudiosas e humanas, que objetivam trazer a dignidade para essas pessoas que clamam pelo seu espaço nessa sociedade tão egoísta e pouco preparada para a diversidade.

Faça a sua parte! Entusiasme seus companheiros a fazerem o mesmo! Façamos juntos a diferença na vida dessas famílias. 

O pedreiro… Ah, o pedreiro…

 

Sobre a Colunista

(*) Luzedna Glece é diretora proprietária do Colégio Avançar/CEIAV- CEIAV; Vice-presidente Câmara da Educação Infantil ACIC. Uma das fundadoras do Unidas Transformando Você. Colunista da Educação do Jornal O Folha. Formação: graduada em Pedagogia com licenciatura em Orientação, Supervisão, Séries Iniciais e Administração Escolar; pós-graduada em Psicopedagogia Clínica, Licenciatura em Magistério e Graduação em Neurociência; palestrante de temas voltados às áreas de Educação, Motivação, Relacionamentos Interpessoal e Intrapessoal; estudiosa com trabalhos reconhecidos sobre o tema Bullying; experiências profissionais: professora das séries iniciais e do curso de pedagogia, coordenadora, orientadora, diretora de redes particulares de ensino, supervisora, orientadora diretora regional do Sistema FIEMG.

Coluna Educação – 05.10.2025 – Metodologias ativas: tipos e como aplicar

Por Luzedna Glece(*)

Metodologias ativas: tipos e como aplicar?

Ao contrário dos modelos tradicionais, que muitas vezes se baseiam em um ensino passivo, onde o aluno é apenas receptor de conteúdo, as metodologias ativas envolvem o estudante no planejamento, desenvolvimento e até mesmo na avaliação do processo de aprendizagem.

Essas metodologias têm como base a ideia de que o aprendizado é mais efetivo quando o aluno é o protagonista de sua jornada educacional, sendo incentivado a refletir, questionar e colaborar. As metodologias ativas estimulam a autonomia do aluno, desenvolvem habilidades críticas e preparam os estudantes para os desafios do mundo real, ao mesmo tempo que tornam o processo de ensino mais interativo e colaborativo. Mas como escolher a melhor metodologia ativa para cada contexto educacional? E quais são os tipos de metodologias ativas que podem ser aplicadas em sala de aula, ambientes híbridos ou digitais? Neste artigo, vamos explorar as principais metodologias ativas, como elas podem ser aplicadas e qual delas pode ser mais adequada para diferentes realidades de ensino.

Quais são os tipos de metodologias ativas?

As metodologias ativas podem ser agrupadas em várias abordagens que utilizam diferentes estratégias de ensino para promover a aprendizagem significativa. Conhecer essas metodologias é essencial para saber qual aplicar de forma mais eficaz em diferentes contextos educacionais. Confira as principais metodologias ativas utilizadas no âmbito escolar:

Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL)

A Aprendizagem Baseada em Problemas é uma das metodologias mais conhecidas e eficazes. Ela se baseia na resolução de problemas reais ou hipotéticos, nos quais os alunos trabalham em grupos para identificar questões, pesquisar soluções e apresentar propostas. O PBL estimula a investigação e o pensamento crítico, ao mesmo tempo em que promove a colaboração entre os alunos.

Como aplicar? Apresente um problema complexo, relacionado ao conteúdo estudado. Divida os alunos em grupos para que possam investigar a questão. Permita que os alunos apresentem soluções ou respostas, guiando-os para reflexões mais profundas.

 

Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP)

A Aprendizagem Baseada em Projetos é uma metodologia que permite aos alunos desenvolverem projetos práticos relacionados ao conteúdo, integrando várias áreas do conhecimento. Nesse modelo, os alunos são incentivados a planejar, executar e avaliar um projeto que envolva a aplicação de conceitos teóricos.

Como aplicar? Defina um projeto desafiador e relevante para os alunos. Organize etapas para a execução do projeto, com prazos e marcos de avaliação. Durante o processo, ofereça suporte para o desenvolvimento do projeto e incentive a pesquisa e a colaboração.

 

Sala de Aula Invertida (Flipped Classroom)

A Sala de Aula Invertida é uma metodologia que inverte o modelo tradicional de ensino. Ao invés de aprender o conteúdo em sala de aula e realizar atividades em casa, os alunos acessam o conteúdo de forma independente, por meio de vídeos, textos ou outros recursos, antes da aula. Durante o tempo de sala de aula, eles participam de discussões, atividades práticas e resolvem dúvidas.

Como aplicar? Disponibilize conteúdo didático (vídeos, leituras, podcasts) para os alunos antes das aulas. Use o tempo em sala para discussões, debates, estudos de caso e atividades colaborativas. Fique disponível para esclarecer dúvidas e guiar os alunos na aplicação do conteúdo.

 

Aprendizagem Baseada em Competências (ABC)

A Aprendizagem Baseada em Competências foca no desenvolvimento de habilidades e competências específicas, em vez de seguir uma progressão linear de conteúdos. Os alunos avançam conforme demonstram domínio de competências, seja por meio de provas, projetos ou outras formas de avaliação.

Como aplicar? Estabeleça as competências e habilidades que os alunos devem desenvolver. Ofereça oportunidades para que os alunos pratiquem e demonstrem essas competências. Avalie o progresso dos alunos com base no desenvolvimento de habilidades específicas.

 

Gamificação

A Gamificação é uma abordagem que utiliza elementos de jogos (como pontos, desafios, rankings) para tornar o aprendizado mais motivador e envolvente. A ideia é incentivar os alunos a alcançarem objetivos específicos, por meio de desafios e recompensas, criando um ambiente de aprendizagem mais lúdico e competitivo.

Como aplicar? Defina me-tas claras e recompensas para os alunos. Crie um sistema de pontos, medalhas ou outros tipos de reconhecimento. Utilize jogos, quizzes ou competições para engajar os alunos de forma divertida.

 

Ensino Híbrido

O Ensino Híbrido combina aulas presenciais com atividades online, permitindo que os alunos aprendam no seu próprio ritmo, com a possibilidade de acessar recursos e atividades digitais. Esse modelo é bastante útil para atender diferentes estilos de aprendizagem e oferece flexibilidade para os alunos.

Como aplicar? Misture aulas presenciais com módulos online, como vídeos, fóruns ou quizzes. Ofereça materiais complementares online para aprofundamento. Utilize plataformas de ensino para gerenciar e monitorar o progresso dos alunos.

Fonte: SAE DIGITAL

 

Sobre a Colunista

(*) Luzedna Glece é diretora proprietária do Colégio Avançar/CEIAV- CEIAV; Vice-presidente Câmara da Educação Infantil ACIC. Uma das fundadoras do Unidas Transformando Você. Colunista da Educação do Jornal O Folha. Formação: graduada em Pedagogia com licenciatura em Orientação, Supervisão, Séries Iniciais e Administração Escolar; pós-graduada em Psicopedagogia Clínica, Licenciatura em Magistério e Graduação em Neurociência; palestrante de temas voltados às áreas de Educação, Motivação, Relacionamentos Interpessoal e Intrapessoal; estudiosa com trabalhos reconhecidos sobre o tema Bullying; experiências profissionais: professora das séries iniciais e do curso de pedagogia, coordenadora, orientadora, diretora de redes particulares de ensino, supervisora, orientadora diretora regional do Sistema FIEMG.