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TRE-MG promove consulta pública sobre as metas da Justiça Eleitoral para 2026
O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais está realizando uma consulta pública para auxiliar na definição das metas da Justiça Eleitoral para 2026. As contribuições podem ser registradas até o dia 7 de março.
A pesquisa realizada pelo TRE-MG é a primeira etapa de um processo conduzido pelo Conselho Nacional de Justiça para definir as Metas Nacionais do Poder Judiciário. Os resultados da pesquisa serão analisados e consolidados considerando critérios técnicos e a viabilidade das sugestões. A próxima etapa será a realização de uma audiência pública no dia 21 de março, junto com outros TRE’s, para discutir as sugestões recebidas durante a consulta de cada Tribunal.
As conclusões dessa discussão serão, então, encaminhadas ao Conselho Nacional de Justiça. O CNJ vai reunir as propostas de metas para todos os ramos de Justiça e elaborar as Metas Nacionais do Poder Judiciário para 2026.
Sobre as metas
As Metas Nacionais do Poder Judiciário representam o compromisso dos tribunais brasileiros com o aperfeiçoamento da prestação jurisdicional, buscando proporcionar à sociedade serviço mais célere, com maior eficiência e qualidade.
A abertura de uma consulta popular sobre a definição das metas está prevista na Resolução CNJ nº. 221/2016 e na Portaria CNJ nº 114/2016. A participação dos cidadãos nesse processo é essencial para garantir que as metas da Justiça Eleitoral e do Poder Judiciário como um todo estejam alinhadas com as necessidades e expectativas da população.
TCEMG intensifica fiscalização nos grandes municípios mineiros
Belo Horizonte, Contagem, Betim, Uberlândia, Montes Claros e Juiz de Fora. As seis maiores cidades de Minas Gerais, que englobam cerca de 25% da população e 32% do PIB do Estado, agora serão fiscalizadas mais de perto pelo Tribunal de Contas mineiro. Desde a última semana, o TCEMG criou a Coordenadoria de Fiscalização e Avaliação da Macrogestão dos Maiores Municípios, para acompanhar, passo a passo, a gestão orçamentária das seis cidades durante todo o ano.
“A ideia é fazer um acompanhamento de perto desses seis maiores municípios, com foco principalmente orçamentário. Nossa equipe vai fazer uma pré-seleção dos principais indicadores financeiros (despesa com pessoal, aplicações em educação, emendas parlamentares) dessas seis cidades, para que sejam acompanhados no decorrer do exercício”, explica João Henrique Medeiros, coordenador da unidade.
Minas Gerais possui mais de 21 milhões de habitantes. O Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços finais produzidos no estado, ultrapassou a casa de R$ 1 trilhão pela primeira vez em 2023. Nos seis municípios fiscalizados pela nova coordenadoria, vivem mais de 5,2 milhões de pessoas, e o PIB é de cerca de R$ 300 bilhões.
“Durante o trabalho, caso a equipe de fiscalização constate alguma intercorrência na execução orçamentária, ela entra em contato com o gestor visando entender a situação e, se for o caso, sugerir um encaminhamento que possa reduzir os riscos decorrentes”, esclarece Medeiros. Os resultados da fiscalização serão registrados em relatórios parciais que serão emitidos pelo Tribunal ao longo do exercício.
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Escassez de talentos: um desafio estratégico para as empresas
Por Kecia Castro
Gerente de Recursos Humanos da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) e Conselheira Estratégica da Associação Brasileira de Recursos Humanos de Minas Gerais (ABRH-MG)
Nos últimos anos, a escassez de talentos tornou-se um dos maiores desafios estratégicos enfrentados pelas empresas. Com a competitividade no mercado de trabalho em alta, é crescente a dificuldade de contratar e reter profissionais qualificados. Pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE) aponta que seis em cada dez empresas enfrentam esses obstáculos, e 77,2% delas consideram a contratação como o principal desafio na gestão de pessoas.
Neste cenário, observamos que fatores como a exigência por salários mais altos, a preferência por trabalho remoto e a busca por uma maior coerência entre os valores pessoais dos profissionais e a cultura organizacional têm elevado ainda mais a dificuldade de encontrar o perfil ideal para diversas funções. Como resposta, muitas organizações têm investido não apenas em pacotes de benefícios mais atrativos, mas também em capacitação interna, especialmente em setores como a indústria, para suprir essa carência.
As consequências dessa escassez são amplamente visíveis: atraso nas entregas, dificuldades na conquista de novos contratos e até mesmo a repasse dos custos para os consumidores, contribuindo para a inflação de serviços. É um ciclo que impacta diretamente a produtividade das empresas e sua competitividade.
Além de fatores externos, como a globalização e o trabalho remoto, que ampliaram o acesso a talentos em qualquer parte do mundo, a transformação digital tem ampliado a demanda por profissionais com competências em áreas específicas como tecnologia e análise de dados. A combinação dessas habilidades técnicas com competências interpessoais, como inteligência emocional e pensamento crítico, se tornou um diferencial competitivo.
E, diante de tanta concorrência, a construção de uma marca empregadora forte se torna essencial. Empresas que demonstram com clareza seus valores e oferecem oportunidades reais de crescimento, além de promover um ambiente inclusivo, conseguem atrair e, principalmente, reter os profissionais mais qualificados. Investir em uma cultura organizacional que se alinha aos valores de seus colaboradores é imprescindível. Isso também inclui políticas de diversidade e inclusão, que não só ampliam o acesso a uma gama maior de talentos, mas promovem um ambiente de inovação e colaboração.
O que vemos, por fim, é que a escassez de talentos não é apenas um problema de mercado. É uma oportunidade para as empresas inovarem, adaptarem suas práticas de recrutamento e impulsionarem uma cultura de aprendizado contínuo. A construção de um ambiente de trabalho saudável, com programas de capacitação e desenvolvimento, cria não só melhores resultados a curto prazo, mas também uma base sólida para o futuro da organização.
Enfrentar a escassez de talentos é, sem dúvida, um desafio estratégico. Mas com uma visão clara e ações bem estruturadas, as empresas podem não apenas superá-lo, mas também transformar esse cenário em um diferencial competitivo duradouro.